Gypsy Alexandra Amaya Marquéz |
ALMA CIGANA
Eu nunca fiz segredo
que a minha alma é cigana
perambula pelo mundo
dança, canta, não engana.
Meu coração… esse já é português
tem sotaque e nostalgia lusitanos
das margens do Tejo ficou freguês
e fados vive cantando.
Enquanto ele canta fados
a alma toca castanholas
mas ambos se abraçam contentes
numa moda de viola.
No bolero são renitentes
não desprezam seu encanto
mas sonham noites e dias
com a magia do tango.
Ah! eu jamais trocaria…
minha alma ou coração
são livres como águias no céu
trapaceiam como irmãos.
Já estiveram na Grécia
também em Jerusalém
mas a pátria deles e minha
é a pátria que ninguém tem.
Mas falando em governantes
é saga que ninguém merece
por isso deixo minh’alma
fazer o que lhe apetece.
Ela vê a sua sorte
se assim o desejar
mas não lhe fala de morte
pois segue essa linear.
A minha sorte eu não sei
ver, eu nunca consegui
mesmo sendo tão cigana
não sei nem se eu já morri.
Se o meu amor foi na frente
se ainda espera por mim
tudo que eu sei e que eu canto
é só do que aqui vivi.
E da minha liberdade
que a prezo mais que tudo
pois cigana de verdade
não se prende nesse mundo!
Quem me conhece já sabe
gosto de vermelho forte
nas minhas saias rodadas
que dos dois lados tem cortes.
Pra facilitar a dança
nos volteios deslumbrantes
que me tomam nos meus sonhos
nos braços do meu amante.
Tenho uma rosa no peito
bem lá dentro tatuada
esteve nos meus cabelos
em outras vidas passadas.
Assim vou sendo feliz
do meu jeito tão singular
que pouca gente me entende
mas não lhes deixo de amar!
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