Optchá meu Povo Cigano!!

Optchá meu Povo Cigano!!
Fatima Silva Amaya

Gitana Fatima Silva Amaya

27 de fevereiro de 2011

Origem do povo gitano-Cigana Sâmara


Cigana Sâmara 

 
Moça de cabelos cor de fogo: seu mistério é o fogo.
Adora fazer feitiços com o fogo e a Salamandra.
É com a brasa que ela tem a força.
Ela pega uma brasa na fogueira com as mãos e a coloca na boca.
Isso é o maior feitiço e a mais estranha magia.
Sâmara adora roupas coloridas, feitas de retalhos.
Sua blusa é sempre vermelha e no cabelo sempre leva uma flor também vermelha.
Traz na mão um cristal de jaspe sangüíneo.
Essa cigana tem a força do fogo; não usa cartas, dados ou moedas para suas magias.
Para revelar o passado, presente ou futuro, usa a chama de uma vela vermelha ou a labareda da fogueira.
Quem tem essa cigana precisa ter muito cuidado, pois se a tratar errado, ela ficará agressiva e tornará a vida pessoa um martírio.
Sâmara costuma invocar as salamandras e faz magia com o fogo, sal, pimenta, folha de corredeira-de-aluar, frutos, folhas e capim cheiroso.
Tudo isso é misturado e acrescentado a outras ervas.
Depois, ela embrenha-se no mato para levar sua magia.
Ela gosta de trabalhar na Lua minguante e também no dia 13 de cada mês, as 01:37 hs da manhã.


A cigana Sâmara tem uma cabeça de cobra seca, um sapo seco, um morcego seco e anda sempre com uma coruja cinza no ombro.
Essa coruja tem penduradas no pescoço varias fitas coloridas, cada uma com um guizo pequenino na ponta.
O nome dessa coruja é Feimi, que quer dizer
“Creia em mim¨.
É muito bonito o trabalho dessa cigana.
Só quem vê o seu trabalho é que pode avaliar sua energia.
Como essa cigana é feiticeira, seu trabalho é resolvido em uma hora e trinta e sete minutos.
§ Cigana Samara
Ingredientes:

7 pedaços de pau seco (que sirva para fazer uma pequena fogueira)
7 gotas de essência de canela
7 frutas
7 doces
7 pedaços de pano colorido
7 moedas atuais
Modo de Fazer:

Faça esta oferenda na Lua Cheia. Leve todo o material para um lugar descampado, de terra batida, afastado da zona urbana. Faça uma fogueira com os sete paus. Quando a fogueira estiver acessa, jogue a essência no fogo. Passe os panos no corpo e coloque em volta da fogueira. Faça o mesmo com os doces e as frutas, colocando-os em cima dos panos. Espete uma moeda em cada doce, enquanto vai pedindo: “Pela força da cigana Samara e do fogo vivo, que meus caminhos sejam abertos”.

25 de fevereiro de 2011

O Cavaleiro ( Baralho Cigano )

O Cavaleiro

 

 

 O CAVALEIRO - MENSAGEIRO.


SIMBOLOGIA 
Esta figura significa o homem em ação, em busca da sabedoria, da autoconfiança e do conhecimento interior. Também é a criatividade presente no ser humano.


MENSAGEM 

Alcançará seus objetivos. Se estiver rodeada de cartas negativas, sua sorte está ameaçada. Seguir em frente é a meta! Os Cavaleiros anunciam tudo aquilo que vem de fora e que tenha relação conosco. Diz respeito à afetividade do Consulente. O Nove de Copas representa a felicidade plena, a satisfação interior. Anuncia encontro de grande emoção. Relacionamentos entre pessoas amadurecidas emocionalmente. Representa as ações, A capacidade de mudar o rumo das coisas. Realização e concretização de objetivos. É possível realizar o que se pretende. Algo que está prestes a acontecer. Notícias boas a caminho. Carta de boa sorte desde que não esteja rodeada de cartas nefastas. Esta carta representa o intelecto, a mente, a capacidade analítica e o discernimento. É também uma carta de mobilidade, flexibilidade e ação. Convida-nos a usarmos da nossa criatividade, de nossas habilidades. Incita-nos ao aprendizado. Mercúrio rege a comunicação, a oratória, os discursos e as conversas intelectuais. No amor indica conquista.

PALAVRA CHAVE: triunfo – ação - coragem – progresso.

 

Oração para Santa Sara



Abençoada Senhora, protetora de todos os caminhantes, conduza-nos com sua Luz na segurança de nossos passos.
Que saibamos reconhecer, Senhora Santa Sara, que toda nossa busca, todo nosso anseio, poderá ser facilitado, se olharmos aos nossos semelhantes, como a Senhora olhou e cuidou dos seus, até chegarem ao destino seguro.
Assim como os Anjos Celestiais, a conduziram, rogamos sua proteção em nossos caminhos por esta vida.
Senhora Santa Sara, somos todos Ciganos em busca de um campo plano e virtuoso onde possamos fincar nossas barracas e viver a alegria com nossas famílias. 
Que hoje, no seu dia especial, nossa alma se alegre e festeje na sua Graça e Bondade, e todas as cores do céu, enfeitem a nossa vida na certeza de dias claros e serenos.
SALVE SANTA SARA KALI…
Santa Sara Kali é a padroeira dos ciganos. Há muitas lendas sobre a origem da Santa Sara, desde que ela seria serva e parteira de Maria e que Jesus a teria em alta estima por te-lo trazido ao mundo.
Outras que ela era serva de Maria Madalena.
O epíteto Kali significa "negra", porque sua tez é escura. Seu culto se liga ao culto das Madonas Negras.
Fontes variam: se sua canonização consta de 1712, ou se é uma santa regional. Sua festa é celebrada nos dias 24 e 25 de maio, reunindo ciganos de todo o mundo. 
Sua imagem é coberta de lenços, sendo ela uma protetora da maternidade. Mulheres (romi) que não conseguem engravidar e mulheres que pedem por um bom parto, ao terem seus pedidos atendidos, depositam aos seus pés um lenço (diklô). Centenas de lenços se acumulam aos seus pés.
Santa Sara é a santa dos desesperados, dos ofendidos e dos desamparados. 

21 de fevereiro de 2011

Técnica de Visualização


O primeiro passo para a realização de um desejo, é imaginar, visualizar ele realizado.
Se deseja uma viagem, imagine como será essa viagem, que lugares irá conhecer, o cheiro do lugar, a temperatura, as pessoas, tudo que pode se relacionar a isso. Caso seu desejo seja um grande amor, como ele (a) será? Quais as qualidades? os defeitos? como se vestirá? como será fisicamente? e como será esse amor?
Nos dias de hoje é um pouco mais complicado se concentrar, mas toda tentativa é válida. Abaixo segue alguns passos que podem ajudar nessa situação. E boa sorte!

1- Sente-se ou deite-se em um lugar em que se sinta à vontade, com roupas confortáveis.

2- Respire profundamente algumas vezes até que tenha retirado da cabeça a maioria de seus pensamentos triviais.

3- Respire suavemente, de forma que consiga retirar completamente qualquer pensamento ou idéia da sua mente.

4- Concentre-se apenas na respiração.

5- Sinta o ar entrando e saindo de seu corpo. Ele é o seu combustível.

6- A partir desse exercício será mais fácil empreender as visualizações.

7- Este exercício deve ser feito pelo menos uma vez ao dia, durante 10 minutos.

8- Lembre-se: visualização é o ato de ver com a mente, não com os olhos.

A Ética na Cartomancia


Para podermos falar de ética, é necessário que nos lembremos quais são as razões que nos levam a praticar não só a cartomancia, mas qualquer outro tipo de adivinhação. Sem conhecimento desta causa seria impossível realizar um trabalho realmente útil, tanto para o consulente quanto para o cartomante, de maneira responsável e coerente.
Desde que o homem tomou consciênsia de si mesmo sempre se perguntou sobre sua origem, destino, e propósito neste mundo. Independentemente do nível de esclarecimento que qualquer indivíduo possua, em algum momento da sua vida, seja frente a algum problema, dificuldade ou dúvida, já se perguntou: por que isso acontece comigo? O que será que acontecerá comigo, dependendo desta ou daquela situação? Qual será o melhor caminho para vencer a dificuldade? Como evitar os problemas?
Diante dessas e de outras questões, buscou conforto e orientação na fé nas religiões, nos espíritos, nos deuses, na adivinhação, entre outros. Desde tempos imemoriais o homem pratica a adivinhação em ossos, pedras, sangue, fogo, e mais uma grande quantidade de formas inumeráveis. Talvez isso tenha ocorrido a partir de observações feitas a partir de fenômenos ou eventos simples, que talvez parecessem desencadear uma série de outros eventos; talvez fossem inspirados por alguma força cósmica superior, através de guias ou espíritos, que orientassem os homens a vislumbrar histórias e imagens das mais diversas formas, nas mais inusitadas situações; talvez uma consciência coletiva contenha informações de todos nós, e as disponibilize de forma peculiar, para aquele que possuir uma determinada chave, um vislumbre de partes deste todo; ou quem sabe não se trate de um pouco de cada coisa, e muito mais?


Independente da crença que se tenha nesta ou naquela religião, no destino, em espíritos ou seja lá no que for, o que nós temos que ter claro em nossa mente é que todo o indivíduo tem o direito de acreditar naquilo que queira acreditar. Não cabe a nós, de forma nenhuma e em tempo algum, impor nossas opiniões sobre qualquer um desses assuntos à ninguém. Com estes pensamentos, podemos começar então a considerar os primeiros aspectos éticos sobre a adivinhação com as cartas:
1 - Todo indivíduo tem o direito de crer ou não no destino.
2 - Todo indivíduo tem o direito de crer ou não na adivinhação.
3 - Todo indivíduo tem o direito de crer ou não na cartomancia.


Consultando o dicionário encontramos para o verbete cartomancia: arte de deitar cartas para pretensa adivinhação do futuro (dicionário Michaelis). É exatamente pelo fato de a cartomancia se tratar de uma arte oculta, sem explicação comprovada cientificamente, que precisamos compreender a descrença das pessoas em geral, principalmente em tempos de apego material, descrença religiosa e individualismo. Mesmo porque, lembre-se: é direito das pessoas acreditar no que elas bem entenderem.
Mas o que nos leva realmente a colocar as cartas? As razões são obviamente distintas para cartomante e consulente. Falemos então do consulente: independentemente de estar vivendo algum tipo de problema ou não, de ter dúvidas ou não, de necessidades de qualquer tipo, precisamos considerar primeiramente que o consulente possui uma coisa extremamente preciosa e particular, que é o seu destino, produto de sua própria existência como espírito, em sua jornada em busca de crescimento e aprendizado. É uma coisa muito séria, que merece nosso maior respeito e responsabilidade, e também a consciência de que isso não pertence a nós, e sim à ele. Podemos portanto, enumerar mais alguns princípios éticos acerca da cartomancia:
4 - Cabe apenas ao consulente decidir sobre praticar ou não a adivinhação; continuar ou não uma cartada.
5 - Jamais o cartomante deve comentar, rir-se, manifestar opinião particular seja com o consulente, seja com qualquer outra pessoa.
6 - Jamais o cartomante deve adivinhar sem autorização do consulente, esteja ele presente ou não.
É sobre este destino, que pertence ao consulente, que ele está interessado. Este é o motivo que o levou a procurá-lo: seus problemas, suas dúvidas, ou mesmo suas curiosidades. Não importa o quê, não nos cabe julgar. Ele vem ao nosso encontro em busca de respostas, de confirmações, de avisos, de conforto. É uma responsabilidade grande, que precisa ser encarada com seriedade, para que se possa atender a as expectativas e necessidades dele.
O que nos leva novamente às razões do cartomante. Se os objetivos do consulente são os de encontrar respostas e conforto, quais não seriam os objetivos do cartomante senão os de dá-los ao consulente? Parece lógico imaginar que para que a prática da adivinhação dê bons resultados para ambos, estas razões devam estar absolutamente claras na cabeça do cartomante, que é quem na verdade é o responsável pela condução de todo o processo. Ele precisa portanto, ter claro para si quais são seus objetivos e os do outro, e de todos os meios para se concretizá-los com sucesso. Estas conclusões nos levam a mais alguns princípios éticos acerca da cartomancia:
7 - A meta do cartomante deve ser a de levar seu consulente a atingir seus objetivos, que são o de obter respostas, confirmações, avisos e conforto, sobre os aspectos que são importantes em sua vida.
8 - O cartomante deve conduzir todo o processo de maneira ética e responsável, tendo em vista que é ele quem domina toda a técnica e conhecimento.
e prosseguindo na mesma linha de raciocínio:
9 - O cartomante deve estar absolutamente preparado e, para tanto, precisa estudar e praticar muito para poder atender bem ao consulente.
Sendo objetivo do cartomante fazer com que consulente atinja seus objetivos, e sendo grande a responsabilidade de se tratar do destino de outro, é imprescindível falar com convicção sobre o que está se lendo, não havendo possibilidade para erros, pois erros podem ser catastróficos para o consulente, e todo o propósito da adivinhação é comprometido.

Restam ainda aqueles que realmente não esperam nada da adivinhação, e, quando esperam, muitas vezes estão equivocados com questões secundárias, sem enxergar o que realmente é importante em suas vidas e que podem realmente afetá-los de maneira significativa. Muitas vezes ficam perdidos em seus próprios problemas ou devaneios, e deixam de notar o óbvio. Podem até mesmo fazer perguntas específicas, sobre um namorado ou um emprego mas não vêem desmoronando ao redor de si casamentos, filhos, pais, chances de novos trabalhos e tantas outras coisas. 


Seja qual for o caso, o cartomante deve lembrar-se de que a ocasião de se colocar cartas para uma pessoas é uma oportunidade de acrescentar algo, e por isso não deve desperdiçá-la deixando-se levar por devaneios ou pela tentação de agradar o consulente. As cartas sempre mostram o que é mais importante para a pessoa, e é necessário que se diga absolutamente tudo o que é visto. Pode-se responder às perguntas do consulente, mas deve-se deixar que a mensagem das cartas se sobreponha, pois quando as palavras certas começarem a ser ditas o consulente certamente se calará e observará atentamente, pois ele saberá do que se trata e na maioria das vezes entenderá a importância daquilo. Isto nos leva à mais um princípio ético importante:
10 - O cartomante deve permitir que o que precisa ser dito ao consulente flua do baralho para ele, repetindo exatamente aquilo que é visto nas cartas, sem omitir, modificar ou minimizar nada.
Se você possui este dom, este conhecimento, leia e considere com atenção estes princípios de ética e responsabilidade. A cartomancia, como qualquer outro meio de adivinhação, não é algo trivial. Exige preparo e conhecimento como qualquer ciência. O destino de uma pessoa é uma das coisas mais importantes que ela possui. Faça bom uso do seu dom, auxiliando pessoas a passarem por esta vida de uma maneira melhor, e permitindo-se aprender e crescer com isso.



16 de fevereiro de 2011

Curiosidades ( Cigana )

A família é sagrada para os ciganos. Os filhos normalmente representam uma forte fonte de subsistência. As mulheres através da prática de esmolar e da leitura de mãos. Os homens, atingida uma certa idade, são freqüentemente iniciados em outras atividades como acompanhar o pai às feiras para ajudá-lo na venda de produtos artesanais.

Além do núcleo familiar, a família extensa, que compreende os parentes com os quais sempre são mantidas relações de convivência no mesmo grupo, comunhão de interesses e de negócios, possuem freqüentes contatos, mesmo se as famílias vivem em lugares diferentes.

Um exemplo de classificação da sociedade cigana (tirado em parte do livro Mutation Tsigane, de J.P.Liégeois)::

grupo > subgrupo> nátsija (nacionalidade) > vítsa (descendência, leva o nome do chefe da estirpe) > família > indivíduo

ROM
Kalderásha
Serbijája (Sérvios)
Minéshti
Demítro
x, y, ...........
Márcovitch
Ianov
Jinov
x, y, ...........
outros
x, y, ...........
Papinéshti
Jonéshti
Frunkaléshti
outros
Moldovája (Moldávios)
Demóni
Jonikóni
Poróni
outros
Grekúrja (Gregos)
Bedóni
Kiriléshti
Shandoróni
outros
Vúngrika (Húngaros)
Jonéshti
outros
Hokrakané ou Horahanê (Turcos)
Taierovitchi
Marcovitchi
outros
Lovára
Machwáya
Ivanovitchi
Boyásha (Ciganos de Circo)
outros

SINTI (ou MANUSH)
Gáchkane (Alemães) etc.
Estrekárja (Austríacos) etc.
Valshtiké (Franceses)
Piemontákeri (Piemonteses)
Lombardos
Marquigianos
outros

KALÉ (ou GITANOS ou CIGANOS)
Catalães etc.
Andaluzes
Portugueses

Nota:

Enquanto que entre os Rom a classificação em "subgrupos" acontece com base em identificação de tipo ergonímico (denominação que traz origem na profissão tradicionalmente exercida), entre os Sintos e os Kalé os subgrupos são geralmente designados segundo um conceito de natureza toponímica (referindo-se a lugares de assentamento histórico).

Diferentemente dos Rom, estes não conhecem outras classificações de "nátsija" e de "vítsa". Pode-se porém afirmar que o subgrupo entre os Sintos e os Kalé na realidade corresponda à "nátsja" dos Rom.

Com base nisso, o esquema de classificação social desses dois grupos pode ser configurado do seguinte modo:

grupo > subgrupo (= nátsija)> família > indivíduo

Além da família extensa, há entre os rom um conjunto de várias famílias( não necessariamente unidas entre si por laços de parentesco) mas todas pertencentes ao mesmo grupo e ao mesmo subgrupo.

O nômade é por sua própria natureza individualista e mal suporta a presença de um chefe: se tal figura não existe entre Sintos e Rom, deve-se reconhecer o respeito existente com os mais velhos, aos quais sempre recorrem. Entre os Rom a máxima autoridade judiciária é constituída pelo krisnítori, isto é, por aquele que preside a kris.

A kris é um verdadeiro tribunal cigano, constituído pelos membros mais velhos do grupo e se reúne em casos especiais, quando se deve resolver problemas delicados como controvérsias matrimoniais ou ações cometidas com danos para membros do mesmo grupo. Na kris podem participar também as mulheres, que são admitidas para falar, e a decisão unilateral cabe aos membros anciães designados, presididos pelo krisnítori, que após haver escutado as partes litigantes, decidem, depois de uma consulta, a punição que o que estiver errado deverá sofrer.

Recentemente, a controvérsia se resolve ,em geral, com o pagamento de uma soma proporcional ao tamanho da culpa, que pode chegar a vários milhares de dólares; no passado, se a culpa era particularmente grave, a punição podia consistir no afastamento do grupo ou, às vezes, em penas corporais.

  • Diáspora Cigana

Há cerca de mil anos, um grupo de famílias saiu da Índia em direção ao Oeste. A essa decisão – tomada em local incerto e por motivos ignorados – devemos a sobrevivência da língua romani, a alegria inigualável das orquestras ciganas presentes através dos séculos, tanto nos palácios como nas praças, as rapsódias húngaras de Franz Lizt, o flamenco espanhol, os versos do Romancero Gitano, de Frederico Garcia Lorca, a crença nos milagres de Santa Sara, a peregrinação a Saintes-Marie-de-la Mer, na França, o aparecimento dos violinistas de restaurante indicando o momento do beijo nos filmes de Hollywood da década de 50, o conhecimento de nosso destino pela leitura das linhas das mãos.



Devemos também à diáspora dos ciganos a criação de inúmeras heroínas literárias, desde ciganas legítimas – como Esmeralda amada por Quasímodo, o corcunda de Notre Dame, a Gitanilla de Miguel de Cervantes Saavedra e a Carmem de Georges Bizet – até Capitu, que apesar de brasileira tinha olhos não apenas de ressaca, mas "de cigana oblíqua de dissimulada".
Devemos aos ciganos, enfim, a interminável intriga romântica dos 155 capítulos da novela "Explode Coração", exibida pela Rede Globo, e o remorso por termos deixado que fossem exterminados em massa durante o genocídio nazista.

Nós, os "gadje" - como eles nos chamam -, tivemos pelos ciganos, nos seus mil anos de diáspora, uma atitude pendular entre o fascínio e a desconfiança. Admiramos seu estilo de vida sem âncoras nem raízes, domando ursos, negociando cavalos, trabalhando o cobre, fazendo música.

Por outro lado, os acusamos de todos os males infamantes, da feitiçaria ao canibalismo, de rogar pragas a roubar crianças. Na verdade, as crianças roubadas foram as suas. Um exemplo entre muitos: o trem que chegou a Buchenwald em 10 de outubro de 1944 trazia 800 crianças ciganas. Foram todas assassinadas nas câmaras de gás do crematório cinco.

Durante muito tempo, não acreditávamos que os ciganos tivessem sequer uma língua. Os sons que pronunciavam aos ouvidos ocidentais como algaravia, simples código para melhor enganar os "gadje". Também não sabíamos por que eram chamados ciganos ou gitanos.

A palavra cigana teria sua origem nos "atzigani", seita herética do Oriente médio, praticante da quiromancia, enquanto gitano, corruptela de egiptano (gitane, em francês, gypcie, em inglês) seria uma lembrança da passagem dos ciganos pelo Egito de nossos, não o Egito de nossos Atlas modernos, mas o chamado "pequeno Egito", ocupando o lugar da Grécia. A explicação mais usual é que seriam sobreviventes da Atlântida.

Foi preciso esperar o século XIX para que surgisse a luz. Estudos sobre as origens da língua cigana – o romani – tornaram-se verdadeira ciência graças aos trabalhos do alemão Pott, do grego Paspati, do austríaco Micklosicyh, do italiano Ascoli. Comprovaram eles que o romani pertence à família indo-européia.

Pelo vocabulário e pela gramática está ligado ao sânscrito (como o português ao latim). Fazendo parte do grupo de línguas neo-indianas, é estritamente aparentando a línguas vivas, tais como o hindi, o goujrathi, o marata e o cachemiri.

Identificando as palavras que foram incorporando-se ao idioma original e seguindo as indicações dos antropólogos, dos historiadores, das tradições orais e até dos grupos sangüíneos foi possível estabelecer com certeza a origem dos ciganos no norte da Índia.

Vieram eles do Estado atual de Délhi ou de seus arredores, muito possivelmente do Rajastão. De lá seguiram até a Pérsia, onde seu caminho se separou em tridente, uma ponta descendo para o Egito, a segunda morrendo na Armênia, a terceira avançando pela Turquia e pela Grécia, de onde os ciganos espalharam-se por toda a Europa e, atravessando o mar, pelo continente americano. No Brasil, os primeiros grupos chegaram no século XVII, ao Maranhão.

Por onde passavam, os ciganos deixavam sua marca na música e na dança. Puristas afirmam que não existem músicas e danças essencialmente ciganas, mas apenas influências, o que gera controvérsias nas classificações. Mas esse é um assunto para especialistas.

O certo é que o cigano não apenas assimilava a música dos países nos quais vivia, mas a mantinha viva, era capaz de enriquecê-la e recicla-la a sua maneira, transportando-a além das fronteiras.

Sua música encantava igualmente o povo e a aristocracia, um dos motivos pelos quais os primeiros grupos que surgiram na Europa, por volta do século XIV, foram bem recebidos.

Cedo, no entanto, surgiu o preconceito com suas conseqüências. Primeiro, a exclusão dos ritos sociais: a Igreja não enterrava ciganos em campos consagrados nem batizava seus filhos. Depois, o arsenal completo da perseguição: ferro em brasa, forca, decapitação, suplício da roda, deportação em massa.

No tempo do nazismo, os ciganos sofreram a mesma sorte dos judeus e dos homossexuais, assassinados lado a lado nos campos de concentração de Ravensbrück, Dachau, Buchenwald, Auschwitz e Birkenau. Não se sabe bem por qual razão, os nazistas permitiram que conservassem seus instrumentos musicais. A música serviu-lhes de último consolo.

Um sobrevivente não cigano relembra uma passagem do ano de 1939 em Buchenwald: "De repente, o som de um violino cigano surgiu de uma das barracas, ao longe, como que vindo de uma época e de uma atmosfera mais feliz... Árias da estepe húngara, melodias de Viena e de Budapeste, canções de minha terra".

Música Cigana

Foi na Europa central e oriental que a música cigana (vocal e instrumental) teve – e continua a ter – seu público mais fiel e apaixonado. Os elementos musicais turco-árabes, recolhidos pelos músicos ciganos nas cores dos paxás e dos beis, floresceram na Hungria com a incorporação dos instrumentos, da técnica, da orquestração e da harmonização europeus.

Familia Kalon no Brasil .

Desde o século XVII, os senhores magiares mantinham orquestras ciganas.

Dois nomes ficaram na história: o do cimbalista Simon Banyak, protegido da imperatriz Maria Teresa, e Janos Bihari, autor de "Kronunhs", música para o coração da imperatriz Maria Luisa da Hungria, em 1808.

Assim como na Hungria e na Transilvânia, os ciganos eram numerosos na Moldávia, na Valáquia e nos países que viviam a formar a Iugoslávia. Grupos de cantores ciganos foram introduzidos na Rússia pelo conde Aléxis da Moldávia, sob o reinado de Catarina, a Grande, e fizeram enorme sucesso nos anos que se seguiram à guerra de 1812 contra Napoleão.

A música cigana espanhola, conhecida desde os tempos de Cervantes, ganhou popularidade universal com o canto jondo.

Vários compositores europeus foram intensamente influenciados pelos ciganos. Além de Liszt, o mais conhecido, também Haydn, Schubert, Beethoven e Brahms.

  • Dança Cigana

Danças ciganas sempre foram atração especial nas cortes européias, a começar pela francesa. Desde o tempo de Henrique IV apresentavam-se dançarinos ciganos no castelo de Fontainebleau e na residência da marquesa de Sévigné. Moliére, em O Casamento Forçado, introduz no palco um grupo de ciganos e ciganos dançando ao som de pandeiros. Numa das apresentações, o próprio Luís XIV dançou vestido de cigano.

Na Turquia, a dança era uma das profissões ciganas mais características. O cortejo das tropas de Constantinopla que desfilou para sultão Mourad IV, no século XVII, tinha, após a seção dos músicos, uma seção de dançarinos, entre os quais numerosos ciganos.

Em Portugal, a Farsa das Ciganas, de Gil Vicente, apresentada em 1521, mostrava quatro mulheres ciganas que cantavam e dançavam.
Kalon


Foi na Espanha, entretanto e, sobretudo nas terras do sul, no antigo reinado de Granada, que a dança cigana floresceu em seu terreno mais fértil. De seu encontro com a arte árabe nasceria o inigualável flamenco da Andaluzia.

A Língua dos Ciganos

A língua cigana (o romanez) é uma língua da família indo-européia. Pelo vocabulário e pela gramática, está ligada ao sânscrito. Fazendo parte do grupo de línguas neo-indianas, é estreitamente aparentada a línguas vivas tais como o hindi, o goujrathi, o marathe, o cachemiri. No entanto, eles assimilariam muitos vocábulos das línguas dos países por onde passaram.

Religião dos Ciganos

Os ciganos, ao deixarem a Índia, não carregaram suas divindades. Eles possuíam na sua língua apenas uma palavra para designar Deus (Del, Devel). Eles se adaptaram facilmente às religiões dos países onde permaneceram. No mundo bizantino, tornaram-se cristãos. Já no início do século XIV, em Creta, praticavam o rito grego.

Nos países conquistados pelos turcos, muitos ciganos permaneceram cristãos enquanto que outros renderam-se ao Islã. Desde suas primeiras migrações em direção ao Oeste eles diziam ser cristãos e se conduziam como peregrinos.

A peregrinação mais citada em nossos dias, quando nos referimos aos ciganos, é a de Saintes-Maries-de-la-Mer, na região da Camargue (sul da França). Antigamente era chamada de Notres-Dames-de-la-Mer. Mas não foi provado que, sob o Antigo Regime, os ciganos tenham tomado parte na grande peregrinação cristã de 24 e 25 de maio, tão popular desde a descoberta no tempo do rei René, das relíquias de Santa Maria Jacobé e de Santa Maria Salomé, que surgiram milagrosamente em uma praia vizinha. Nem que já venerassem a serva das santas Marias, Santa Sara a Egípcia, que eles anexarão mais tarde como sua compatriota e padroeira.

A origem do culto de Santa Sara permanece um mistério e foi provavelmente na primeira metade do século XIX que os Boêmios criaram o hábito da grande peregrinação anual a Camargue.

15 de fevereiro de 2011

o Tarot Funciona ?

Você certamente, em algum momento irá se perguntar: "- Mas será que um jogo de cartas aleatórias poderia realmente falar a respeito de coisas da alma? Poderia esse oráculo falar de coisas tão profundas e ocultas com acertividade? Afinal de contas, o Tarot funciona?"

E eu categoricamente lhe respondo:

"- Sim, o Tarot funciona".

E esse fenômeno certamente jamais poderá ser explicado inteiramente. Entretanto, tenho algumas considerações pessoais a serem feitas sobre esse aspecto do jogo, além de observações a esse respeito.
Conforme todas as leituras que fiz constantes das obras e artigos dos maiores nomes do Tarot no Brasil e no mundo, como Hajo Banzhaf, Nei Naiff, Mary Steiner-Geringer, Stuart R. Kaplan, Arthur Edward Waite, Carlos Godo, Arhan, Alejandro Jodorowski, entre outros tantos tarólogos famosos, vemos que acertivividade do Tarot, seja como método divinatório ou ferramenta de auto-conhecimento é surpreendente.

Para comprovar isso considere que:

A forma como interagimos com o mundo são diferentes dentro dos níveis de consciência de que dispomos.
O consciente e inconsciente relacionam-se de forma diferente com o tempo e o espaço. 
Sendo assim, o inconsciente é capaz de "enxergar" além dos limites do tempo presente, fazendo uma ponte que une numa só coisa o presente, passado e futuro.
Isso pode ser verificado pelo que chamamos de intuição ou mesmo através de sonhos premonitórios ou alguns tipos de visões inerentes a médiuns e videntes por todo o mundo.

A linguagem da consciência se expressa por palavras, enquanto a linguagem da inconsciência se expressa por imagens. Portanto, as imagens contidas nas cartas do Tarot, referem-se aos arquétipos do inconsciente, que representam o alfabeto mais profundo de nossa personalidade e está diretamente ligado ao insconsciente coletivo.

Sendo assim, a participação efetiva da consciência nesse processo refere-se exclusivamente ao entedimento da linguagem do inconsciente através das imagens arquetípicas contidas nos Arcanos do Tarot.

E, ao que parece, quando tomamos a iniciativa de consultar um oráculo, esse já tem as respostas prontas para nos dar tendo em vista que essas respostas já estão dentro de nós de forma inconsciente. Cabe ao oráculo deixar explícito essa linguagem oculta dentro de cada um de nós, tornando-a compreensível e clara dentro dos padrões da linguagem da consciência. Por esse fato, o papel e preparo do tarólogo são fundamentais na identificação correta dos símbolos fazendo com que os mesmos sirvam de um alfabeto capaz de produzir centenas de milhares de palavras mesmo que esse alfabeto tenha, óbviamente, um número fixo de letras, como todos sabemos.

Certamente você deve estar curioso para comprovar o que estou dizendo e por esse motivo convido você a se encantar com a beleza das cartas, com as mensagens que revelam os mais profundos segredos que guardamos à sete chaves e com as cores e imagens que representam esse vasto alfabeto interior que tem o poder de desvendar qualquer causa ou efeito relacionados a um evento qualquer de sua vida amorosa, emocional, física, intelectual ou espiritual.

Marque sua  consulta e comprove pessoalmente o que esse oráculo maravilhoso pode lhe oferecer.
Tel: 4457.2932 / 7565.0842 ( Fatima Amaya )


14 de fevereiro de 2011

CIGANO YAGO

(Este Cigano é um dos Sub – Chefes direto do Cigano Artêmio, que é Mestre do Clã Espiritual)


Este Cigano protege as pessoas que sofrem por motivos de falta de saúde, os que sofrem de vícios e querem se regenerar, as pessoas sem opção na vida e que transitam à noite (é um cigano que anda nas sombras e só ataca para se defender), detesta brigas, pois sabe que sua força, mesmo moderada pode vir a machucar, protege também os músicos, os artistas e as plantações de flores.
Não se sabe a origem certa deste cigano, pois ele fala vários dialetos e idiomas, o mais marcante nele é o seu apurado gosto por música de vários estilos diferentes. Faz muitas magias tirando som das coisas, usa mãos, castanholas, 02 varinhas (tipo baquetas) e uma sacola com objetos e coisas de origem árabe, como snujjis, (chama-se esnuje, são pequenos sinos que se coloca nos dedos, usados na dança do ventre), fumo mentolado, nozes e frutas secas. Em vida foi um grande músico (violinista), por isso conhece todas as faces das pessoas quando ouvem determinados sons, e define muito bem quando a pessoa esta mentindo. Seus protegidos têm voz marcante, e a maioria tem dons artísticos. Ele ajuda aos que se enganam e não querem ver a verdade, para estes ele fala de um modo até por vezes ríspido, para que a pessoa veja a situação real das coisas.
Seus instrumentos musicais servem para evocar os amigos astrais, toca também violino, enfeitiçando a todos. Não dispensa o lenço, as baquetas e as nozes. Seu vinho deverá ser distribuído enquanto ele da suas consultas. Faz passos leves de dança, como se estivesse ouvindo um violino muito bonito. 

Trabalha com ciganas astrais incorporadas ou não, é um comandante suave porém firme. Fala baixo, e só sorri com vontade quando tem criança por perto (ele adora). Descobre mentiras sem procurar saber, é como se o vento viesse lhe contar. Ama os animais e as plantas. Seu trabalho astral é firme, mas não é muito de vir a terra, a ser que o chamem para integrar clãs ou fazer feitiços específicos. Nunca deixa seus protegidos sozinhos, ainda mais quando estão trabalhando com o astral, fica sempre por perto e se necessário, vem até a terra, para resolver os problemas. Muitas casas que recebem Yago, colocam um cd de violino (músicas lentas), para agradá-lo.


Ele trabalha com várias magias, quando oferece o galler kuta (figo seco) para alguém, a pessoa deve comer na hora em que ele mandar, pois seus alimentos são imantados, e podem ser talismãs comestíveis na hora da resolução de problemas. Trabalha também com um pote de vidro e 07 moedas de cobre com o valor para cima e coloca em cima sal grosso e água, quando evaporar a água, o pote fica coberto de sal, significando que a energia negativa do ambiente foi tirada. Quando em locais de atendimento espiritual deve-se trocar a cada 15 dias.
Ele prediz com cristais, moedas, baralho e através da natureza (olhando o céu, o sol, a lua e o vento). Suas consultas devem ser breves, a não ser que o problema seja de saúde. Com suas baquetas ou castanholas, ele faz sons e muitos consulentes “caiam em transe na hora da consulta” é um sinal de que estão precisando trabalhar espiritualmente na linha cigana.
Obs: Quando ele joga os cristais e o baralho junto, é porque a pessoa esta precisando demais. E chama os ciganos da terra para fazer uma roda cigana, para poder ajudar o consulente. Nunca minta para este cigano, nem médium, nem consulente, pois tudo ele descobre.
Sensações comuns na incorporação de Yago: Sensação de ter responsabilidade pelos demais, dor no umbigo e nas costas, aumento de tamanho das costas, sensação de poder, mãos quentes, vontade de ouvir músicas de violino, sensação de poder e vontade de cuidar de plantas e animais.